Castro (Paraná)
Viagem em Junho de 2019 & Post de Setembro de 2019 Castro foi uma grata surpresa em nossa viagem de carro pelo Paraná. Cidade muito bonita, aconchegante e de um povo simpático. Existem alguns pontos turísticos na cidade e arredores e você vai precisar de uns dois dias inteiros nesse roteiro.
A cidade também foi nosso ponto de partida para visitar o sexto maior cânion do mundo. O "parque estadual do guartelá" foi criado em 1992 e pertence a cidade de Tibagi. Mas o parque é facilmente acessado estando em Tibagi ou Castro. São 20 km da entrada do parque até Tibagi (para a esquerda) e 46 km do parque até Castro (para a direita). A cidade de Tibagi tem muitos lugares legais como cachoeiras, rios e merece também alguns dias pela região, mas como estávamos com tempo apertado, conhecemos somente o Cânion (parque estadual) e retornamos à Castro. Mas esse passeio a Guartelá merece um post específico. Neste relato vamos focar nos demais pontos turísticos da cidade de Castro. Hospedagem em Castro:
Ficamos hospedados no Hotel Central Palace. Bom custo-benefício, limpeza adequada, camas confortáveis e café mediano. O casarão é bem antigo, mas esta completamente reformado. Fechamos nesse hotel por ser #petfriendly e aceitar pernoitar com a Meg. Na praça central da cidade, tem outro muito bom chamado Buganville. Avaliei também essa opção. Custo um pouco mais elevado, mas parece ser um hotel melhor e mais moderno. Contudo, não aceitam pets! Se você usar o link abaixo para reservar estes ou qualquer outro hotel na cidade, nosso site ganha uma pequena comissão do Booking. Não tem nenhum acréscimo na diária para você! Recompense nosso trabalho! Roteiro de 2 dias em Castro:
Dia 1: Castrolanda, Fazenda Capão Alto e Morro do Cristo. 1) Castrolanda Castro foi um dos pólos de imigração holandesa no Brasil. Várias colônias foram criadas e muitas delas conservam seus costumes até hoje. O holandês ainda é falado e ensinado nas escolas. Comidas, danças típicas e instrumentos musicais são tradições transmitidas de pais para filhos e sobrevivem à gerações. Os descendentes dos holandeses tentam propagar seus costumes através de museus e visitação de moinhos disponíveis nesses pólos. Hoje vamos falar da colônia de Castro, conhecida como CASTROLANDA. Mas existem muitos outros no Brasil. No sul, a colônia de "Não me toque", que ainda não visitamos. No paraná, temos Carambeí, Castrolanda e Arapoti. Em São Paulo, você pode acompanha nossa visita a Holambra. O que visitar na Castrolanda:
O local foi fundado pelo primeiro grupo de imigrantes holandeses (1951 a 1954) e desenvolveram um pólo de derivados do leite e produção agrícola de soja e feijão. Assim como Carambeí foi desenvolvido aqui uma cooperativa de laticínios. Nessa outra cidade, nasceu a famosa Batavo e aqui a COLÔNIA HOLANDESA. Apesar do nome não ser tão famoso, garanto que vários produtos que você pega no supermercado vai com essa marca estampada. Preste atenção a partir de agora, ou se estiver curioso entra nesse site para ter uma idéia melhor. Castrolanda funciona realmente como uma cidade. Os descendentes dos holandeses e muitos trabalhadores moram em áreas rurais da colônia. Para o turista, você tem dois lugares para conhecer. O moinho e o museu. Vamos detalhar tudo sobre essa visita. Para chegar a Castrolanda, siga a rodovia PR-340 por 6,2 km até o balão que dá acesso a colônia. Após entrar, siga as placas do "centro cultural" e em apenas 500 metros você vai estacionar na frente do moinho. A) Moinho da Castrolanda (Memorial do Imigrante) O lindo moinho funciona até os dias atuais, mas atualmente é utilizado como museu. Ao subir pelos andares da edificação você vai descobrindo detalhes da imigração (memorial do imigrante) e o último andar foca realmente na construção do moinho. - Informações úteis Horários: 13 às 18 hs de sextas à domingos & feriados. Custo: R$ 15 (estacionamento gratuito) R$ 7,50 (professores, estudantes, doadores de sangue e idosos > 60 anos). OBS: Em julho, dezembro e janeiro - teoricamente funciona todas as tardes, exceto às segundas-feiras. O mesmo ingresso será utilizado para visitar o Museu do Memorial do Imigrante. Então guarde o ticket. Antes de começar a subir no moinho, no hall térreo do edifício, existe um Realejo. Um instrumento muito comum na Holanda por volta dos anos 1500. Parece um piano, mas o tocador gira uma simples manivela e a máquina vai passando as "partituras" e emitindo a melodia. Solicite que o funcionário toque um pouco, o instrumento que está exposto funciona normalmente. Ao todo, o moinho tem quatro andares. A escadaria é típica desse tipo de construção, então não é tão acessível para pessoas com dificuldade de locomoção.
No primeiro andar, você descobre informações do folclore holandês trazido para a Castrolanda. O segundo, tem foco na cooperativa criada nas colônias holandesas no Brasil. O terceiro andar é voltado à criação dos museus nas colônias e o quarto andar mostra os equipamentos do moinho na moagem de cereais. Neste último andar, é possível sair na área externa e ver bem de perto as pás do moinho. Logicamente elas vão estar paradas por segurança dos visitantes. Ao lado do moinho, existe um restaurante e uma loja de artesanato local e muitos produtos importados diretamente da Holanda. Restaurante Estação Café de Mollen Horários: 11:30 às 13:30 hs, diariamente (almoço) 15 às 18:30 hs de sextas à domingos & feriados (café) Artelanda (loja de artesanatos) Horários: 14 às 18 hs de sextas à domingos & feriados 9 às 10 hs, nas quartas-feiras. No período de férias, horário especial como os museus B) Museu da Castrolanda (Memorial do Imigrante)
Um pouco a direita do museu, fica o museu do memorial do imigrante. Por sinal, bem didático e organizado. Vale muito a pena sua visita. Inclusive, você já pagou o ingresso do moinho e vai usar o mesmo ticket para entrar no museu. Os horários de atendimento são exatamente os mesmos. O museu tem espaços mostrando como eram as residências dos colonos e outra área com banners explicando detalhes da imigração e do crescimento agropecuário no nosso país. 2) Fazenda Capão Alto:
Quando estiver saindo da área dos museus da Castrolanda (centro cultural), vire a esquerda na "estrada Capão Alto". Você vai seguir por quase 7 km até a Fazenda de mesmo nome. Neste trajeto, repare nas casas dos descendentes holandeses, no gado pastando e nas aves (vimos corujas e caracarás nesse pequeno trecho). A antiga fazenda hoje é um museu. Está um pouco deteriorada, precisando de uma reforma, mas vale a pena a visita. A cidade de Castro praticamente foi fundada por causa desse lugar, então conheça a história. - Informações úteis
Horários: 9 às 11:30 & 13 às 18 hs de terças à domingos. Custo: R$ 6 (estacionamento gratuito) R$ 3 (professores, estudantes e idosos > 60 anos). A história desse lugar vem desde as "sesmarias" no século XII. Esta divisão de terras tinha um acordo que o proprietário herdaria a terra mas precisava torná-la produtiva em um tempo determinado. Foi a maneira de povoar as áreas rurais do Brasil. Em 1704, a Família de Pedro Taques ganhou essa sesmaria. Na mesma época que o Tropeirismo crescia no Brasil. Esta localidade, próxima ao Rio Iapó, ficava na rota perfeita entre o sul e a região de Sorocaba, onde acontecia uma das maiores feiras da época. Começaram as disputas pela fazenda, chegando as mãos da "ordem das carmelitas" que tinham a função de evangelizar as pessoas. Fundaram uma capela um pouco distante da Fazenda para que os tropeiros passassem por lá e onde hoje está a Igreja Matriz de Castro (assim nascia a cidade de Castro). Em 1864, a fazenda foi arrendada com todo o gado e os escravos para uma empresa paulista. Chegando as mãos do Barão de Monte Carmelo (1886). Seus descendentes ficaram ricos e adquiriram muitas outras fazendas e gado. Nesse momento da história, a Fazenda Capão Alto virou uma "fazenda experimental" com melhoria da qualidade do rebanho. Uma das inovações que transformaram a região numa das maiores produtoras de laticínios do país até os dias atuais. A idéia dos atuais donos era transformar a fazenda num hotel rural. Mas em 1981, a localidade é tombada pelo governo do Paraná e a burocracia impede as reformas necessárias para a conservação do local. Você pode visitar toda a fazenda. Desde o casarão principal até os restos da senzala e o bosque (trilha do pinheiro). No gigantesco casarão colonial observa-se poucos móveis e papéis de parede originais. Muitos banners estão dispostos nos cômodos contado a história da fazenda.
Existem maquetes do lugar da época colonial e a Capela mantendo muitos decoração original. Após visitar todo o casarão conheça as demais áreas da fazenda. Um bosque fica ali nos jardins da propriedade e você também pode visitá-lo. Um grande pinheiro marcava a trilha dos tropeiros até o Rio Iapó. Ele morreu a uns 400 anos, mas seu tronco ainda está lá em exposição com 1,80 metros de altura (raiz) e 40 metros de comprimento. Vamos voltar a cidade de Castro. Faça o mesmo trajeto, mas agora em sentido inverso. Percorra os 7 km da estrada do Capão Alto e depois vire a direita na rodovia PR-340 até Castro.
Nossa próxima parada é o "Morro do Cristo". Então da Rodovia PR-340, você vai virar à direita no balão na "Avenida Fiorilo". Na rua "Cel Olegario de Macedo" vire a esquerda e em 500 metros, entre novamente a esquerda já subindo o pequeno morro. #dicaMila #viajandocomseupet Conseguimos visitar os museus da Castrolanda e a Fazenda Capão alto com a nossa pet (Meg). A única orientação realmente é ficar com ela no colo dentro dos museus. 3- Morro do Cristo O Morro é relativamente baixo, mas o local já é elevado em relação ao centro da cidade. Consequentemente, você vai ter a melhor vista da região. Um mirante encantador principalmente para curtir o pôr-do-sol. O local é público, sem qualquer custo. Você sobe de carro até a estátua do cristo, não tem esforço físico. Do lado do estacionamento, existe um restaurante. O Jaffar Bar e Restaurante. Teoricamente, funciona todos os dias das 18 à meia-noite (exceto nas terças-feiras; fechado). Dia 2 - Parque Estadual do Guartelá, Catedral, Museu do tropeiro e outros pontos da cidade.
1) Parque Estadual do Guartelá Devido a importância e beleza deste passeio, fizemos um post específico contando toda a aventura. Parque Estadual do Guartelá 2) Igreja matriz de Santana: Já comentamos da importância dessa igreja. Aqui nasceu a cidade de Castro e é justamente nesse lugar que vamos começar a percorrer os pontos turísticos. Pra variar, a catedral estava fechada. Algo muito comum nas cidades interioranas brasileiras. Difícil achar uma aberta e fazer a visitação interna. Então mais uma vez nos contentamos com a linda fachada. Em frente a igreja, encontra-se a Praça Getúlio Vargas, bem conservada e agradável. Os dois museus que vamos visitar ficam ao redor da Igreja e são gratuitos. O Museu dos Tropeiros atrás do edifício e o Museu Casa de Sinhara do lado direito da Praça Getúlio Vargas.
3- Museu dos Tropeiros - Informações úteis Horários: 8:30 às 12 & 13 às 17 hs de segundas às sextas 9 às 13 hs, sábados e domingos e feriados. Custo: Gratuito Site: www.museudotropeirocastro.blogspot.com Inaugurado em 1977 trata de uma tema muito importante para toda essa região, dos Campos Gerais, no Paraná. O Tropeirismo foi uma atividade importantíssima na fundação de várias cidades paranaenses e um marco primordial que transformou o Paraná num grande criador de gado. Com um acervo de peças de vestuários e instrumentários dos tropeiros você mergulha nesse mundo percorrendo os cômodos daquele casarão colonial transformado no museu. Apesar da exposição das peças ser relativamente pequena, é bem rica em conhecimento. Não deixe de ir ao museu, uma visita rápida, mas importante. O Guia que cuida do lugar está à disposição para explicar tudo sobre o tropeirismo, basta chamá-lo e tirar suas dúvidas. 4- Museu "Casa de Sinhara" - Informações úteis Horários: 8:30 às 12 & 13 às 17 hs de segundas às sextas 9 às 13 hs, sábados e domingos e feriados. Custo: Gratuito Praticamente é uma extensão do mesmo museu, mas em outro casarão colonial que fica ao lado da praça da Igreja. Inaugurado na mesma época e pela mesma idealizadora do projeto, a Professora "Judith Carneiro de Mello". O foco desse museu é mostrar uma típica casa de uma família colonial no século XIX até meados do século XX, durante o tropeirismo no Paraná. Com um acervo de peças originais da época como roupas de cama, vestuários, mobília, instrumentos musicais, bonecas e porcelanas. Outra visita relativamente rápida, mas bem rica para um turista na cidade de Castro. #dicaMila #viajandocomseupet Os dois museus aceitaram a entrada da Meg (pet), mas ela deveria ficar no colo durante toda a visita. Ponto positivo para a cidade de Castro e seus museus. Esta orientação (animal no colo) deve ser sempre seguida para quando um pet é aceito em qualquer museu. Diminui riscos de acidentes e deteriorização de algum objeto pelo animal. 5- Praça Manoel Ribas
Após a Catedral, caminhe um quarteirão e chegará na singela Praça Manoel Ribas. No centro da praça, encontra-se uma fonte e numa das esquinas está o Hotel Buganville que comentei no começo deste post. Mas o mais interessante deste lugar são os restaurantes que ficam no canto da praça e podem ser uma ótima opção de jantar. Ressalto também a existência da "Etervros Sorvetes e Burguers" muito boa, tanto os sorvetes como os sanduíches. 6- Parque Lacustre
O maior parque da cidade está bem próximo ao centro. Da Praça Manoel Ribas são 350 metros descendo a "Rua Mariana Marquês" ao lado do Hotel Buganville. O parque foi recentemente revitalizado e ganhou pista de skate, playground, equipamentos de ginástica, ciclovia, quadras de esporte. Do Morro do Cristo que visitamos no 1o dia desse roteiro, você tem uma vista espetacular de todo o Parque Lacustre. 7- Beira-rio Este último ponto turístico apesar de bem famoso entre a população local, não nos agradou. O Ria Iapó passa dentro da cidade e a rua que margeia as águas do rio ganhou o nome de "beira-rio". Nesse lugar, a população local vai ao pôr-do-sol. Contudo, achamos o cheiro é bem desagradável no local e a quantidade de mosquitos literalmente insuportável. Fica a 1 km da Catedral, ao norte da cidade (sentido oposto a Praça Manoel Ribas). |
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