FRANSCHHOEK & STELLENBOSCH (África do Sul)
Viagem em Fevereiro & Post de Maio de 2017 A África do Sul é famosa por suas vinícolas e uma fabricação extraordinária de bons vinhos. Estabelecida no mundo como um dos maiores exportadores dessa mercadoria. Tudo começou na época colonial com a migração de holandeses e franceses para a região.
As técnicas foram aprimoradas a cada ano e hoje existem muitos produtores em várias partes da região do Cabo oeste. Mas a área mais famosa e mundialmente conhecida fica bem próxima à Cidade do Cabo. Algumas cidades fazem parte de um roteiro dos vinhos na África do Sul, mas as mais atraentes são Stellenbosch e Franschhoek. Como Chegar: Saindo da Cidade do Cabo pela rodovia N2 e depois a esquerda na R310, são 51 km até chegar a Stellenbosch. De Stellenbosch até Franschhoek são 35 km. Basta seguir na R310 até o final e pegar a R45 a direita. Trajeto muito bem sinalizado e boas estradas. Para voltar de Franschhoek para a Cidade do Cabo, sugiro seguir na R45 até o final dela e encontrar a R321 virando a direita. Esta segunda rodovia vai parar na N2. Basta virar a direita e retornar a Cidade do Cabo. Esse trajeto tem 116 km de extensão. Como podem ver era mais perto retornar a Stellenbosch e voltar para a Cidade do Cabo. Mas esta parte da rodovia R45 que sai de Franschhoek até encontrar a R321 é repleta de paisagens lindíssimas. Um trecho montanhoso que a cada curva vai te arrancar um suspiro. Principalmente logo na saída de Franschhoek, assim que a estrada atinge o topo da montanha e você admirar o vale inteiro com a cidadezinha no centro. Essa foi uma das paisagens mais bonitas que vi na África do Sul. Para os amantes dos vinhos, essa é o maior motivo de ir até a região. Mas até para quem não curte a bebida, vale muito a pena passar pelas duas cidades. Esse bate-e-volta é totalmente factível de ser feito em um único dia. O que a Equipe Mila Pelo Mundo fez: Descrevi o roteiro básico da maioria dos turistas. Mas no nosso caso fizemos um pouco diferente. Para quem está acompanhando os demais roteiros. Rodamos de carro alugado por mais de 5000 km no país. Saímos de Porto Elizabeth, passamos pela Rota Jardim, conhecemos o Cabo Agulhas e seguimos até Franschhoek. Então pegamos a parte fantástica da estrada R45 antes de chegar a Franschhoek. A ordem não faz nenhuma diferença. Mas quis deixar claro que você também pode fazer o mesmo trajeto que fizemos. Não precisa ficar na Cidade do Cabo 5 dias e fazer bate-e-voltas. Que tal dormir na região das vinícolas e na Rota Jardim? Por sinal, indico muito ficar acomodado em algum hotel da região das vinícolas. Existem algumas que tem acomodação associada, como é o caso da Vinícola "SPIER" onde ficamos 1 noite e vou comentar mais adiante neste post. Algumas horas em Franschhoek: Só a estrada que relatei já vale a pena ir até Franschhoek. Na verdade é um distrito vinculado a cidade de Stellenbosch. Mas o povoado é uma elegância em arquitetura e cozinha típica francesa. Colonizada por holandeses de origem francesa. Eram protestantes franceses, chamados de HUGUENOTES. Eles foram expulsos e perseguidos na França durante o reinado de Luis XIV. Conseguiram exílio na Holanda e depois aceitaram o convite para ir à África do Sul e cultivar o vinho. Alguns pontos interessantes devem ser visitados nessas poucas horas na localidade e vou descrever um pouco de cada lugar. A) Memorial e Museu em Honra aos Huguenotes: Site: www.museum.co.za Horários: 9 às 17 horas (Segunda a Sábado) 14 às 17 horas (Domingo) Custo: 10 RAND Praticamente na rua que você vai entrar na cidade se estiver vindo na R45. A estrada vira a rua do museu: "Lambrechts Rd". Se estiver vindo por Stellenbosch, o museu fica no final da rua principal onde ela acaba na Lambrechts Rd. O Memorial à Honra dos Huguenotes fica a direita e o Museu a esquerda. O Monumento em memória aos colonos foi inaugurado em 1948. Um espelho d`água fica bem em frente a uma imagem feminina sobre um pedestal e três arcos simbolizando a Santíssima Trindade ao fundo. O pequeno museu fica exposto num casarão branco ao lado do memorial. Aqui você vai encontrar a história da imigração dos huguenotes desde a expulsão da França até a chegada ao país africano. Além da implementação e a evolução da fabricação dos vinhos no país. B) Huguenot Road: A rua principal de Franschhoek começa no Monumento em honra aos Huguenots e se extende por vários quarteirões. A rua vai virar novamente a estrada R45 e te leva no sentido de Stellenbosch. Esse lugar merece ser visitado e, se tiver tempo, curtir o ambiente. Muitos restaurantes e diversas lojas de souvenirs estão ali lado-a-lado. Eu aconselharia almoçar por aqui e fazer umas compras. Repare na arquitetura das casas, a maioria tipicamente francesa. Muitos turistas andando pelos calçadões passam horas naquele clima aconchegante francês. C) Vinícolas: A partir da cidade você já pode percorrer as vinícolas da região. Existem dezenas e o difícil vai ser achar as melhores. Praticamente todas tem um cardápio de degustação a um custo variável. Não visitei nenhuma delas. Decidimos fazer um roteiro de degustação de vinhos numa próxima viagem. Nosso tempo estava bem restrito. Mas minha breve pesquisa selecionei essas três para serem visitadas: Grande Provence, La Motte e Chamonix. Para quem gosta de vinhos, não deixe de conhecer essas ou outras a sua escolha. Outra dica importante é analisar o preço das bebidas nas adegas dessas vinícolas. Geralmente são muito baratas e vale a pena levar algumas garrafas para casa. Outra opção boa é contratar um passeio de trenzinho ou ônibus que você pode adquirir nos quiosques da "Huguenot Road". O Tour vai te levar de vinícola em vinícola e você prova o menu degustação de vinhos de cada uma. A maior vantagem é não dirigir entre as fazendas depois de algumas taças de vinhos. Site da empresa: www.winetram.co.za Uma noite em Stellenbosch: Chegamos a Stellenbosch no final da tarde e optamos por fazer o contrário de Franschhoek. Abdicamos da cidadezinha e fomos curtir uma degustação de vinhos. Já tinha reservado meu pernoite num hotel que fica dentro de uma das maiores vinícolas da região: SPIER. Site: www.spier.co.za O preço desestimula um pouco. Mas todos sabem que nunca invisto muito em hotéis. Pois geralmente não aproveitamos piscina e outras comodidades. Numa cidade lotada de atrações serve apenas como ponto para dormir. Contudo, vale a pena ficar num Resort de vez em quando e aproveitar para descansar. Foi o que pensamos aqui, o Hotel/SPA seria um investimento para descansar um pouco da viagem. A Fazenda Spier é um complexo gigantesco. Aqui você vai encontrar o Hotel Spier, um lago, dois restaurantes, a adega e um centro de reabilitação de corujas e falcões. É possível fechar um pequeno TOUR e conhecer a região onde eles plantam os diversos tipos de uvas que fica numa localidade próxima. Chegamos tarde para aproveitar a degustação naquele dia, já tinha encerrado as atividades da adega. Então ficou para a manhã do dia seguinte. Curtimos o hotel e seus mimos. Apesar de todo o luxo do lugar, ressalto novamente que após a degustação passe na loja da adega. Compramos dois vinhos por um preço ínfimo. Esse valor você não pagaria nem uma taça de vinho no Brasil num restaurante mediano. Outras Vinícolas de Stellenbosch: Como relatei, tivemos poucas horas na região. O ideal era fazer um TOUR de degustação pelas dezenas de vinícolas. Então para quem gosta realmente de vinho reserve mais dias por lá. Minha breve pesquisa na internet listaria mais algumas adegas além do SPIER que curtimos muito. Que tal conhecer a VILLIERA e a STELLENZICHT? Já expliquei o esquema, com uma taxa você faz um menu degustação em todas elas. Ah, só por curiosidade, se estiver hospedado no hotel do SPIER você ganha o menu degustação em sua adega (o custo nessa vinícola é 40 RAND por pessoa). Considerações finais: Não ia fazer esse post por não ter conseguido visitar a maioria das vinícolas que programei. Mas contar um pouco sobre Franschhoek rendeu um texto e é uma cidade muito bacana. Então se gosta de vinhos, gaste uns dias por lá e não só um bate-e-volta da Cidade do Cabo. Vamos um dia fazer um roteiro por todas as vinícolas citadas. Se não gosta de vinhos, faça o bate-e-volta até a região. Não deixe de conhecer o vale de Franschhoek, você não vai se arrepender. + Roteiros da África do Sul |
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