ROTEIRO DE UM DIA NA CIDADE DA GUATEMALA
Viagem em Abril e Post publicado em Maio de 2016. A capital da Guatemala é dividida em zonas. O aeroporto fica bem próximo a zona hoteleira (Zona 10). Muitos hotéis de grandes redes internacionais e de vários preços. Sinceramente, fechei um 5 estrelas pelo preço de um 3 estrelas. Relatei isso, para mostrar que a Cidade da Guatemala não faz parte dos roteiros turísticos. A maioria das pessoas descem no aeroporto e partem para Antigua ou Flores. Assim, por não ter muita procura, os preços são bacanas. Na Zona 10 também estão os dois museus mais importantes da cidade: "Popol Vuh" e "Ixchel del traje indigena". Um pouco distante da zona hoteleira, mas fácil de chegar de táxi. A outra parte da cidade que vai estar contemplada em nosso roteiro é a Zona 1 onde fica a praça central, catedral, prefeitura e mercado. Vale a pena conhecer a cidade? Na minha opinião sim! Um dia é necessário para conhecer o básico, mas se fosse possível reservaria 1 dia e meio (explico mais adiante). Você vai dividir metade do dia para a Zona 1 (Centro) e a outra metade para os museus. Claro se o seu itinerário está bem apertado e precisa cortar algo da Guatemala, a capital é a primeira a sair do roteiro. Antigua e Flores são bem mais interessantes e imperdíveis. A Capital é perigosa ? Relatei sobre medidas de segurança neste post! Como se locomover de transporte público? Só existem duas opções: ônibus e táxi. Existe uma opção chamada "Transmetro", mas não é um metrô. Trata-se de uma linha de ônibus com veículos mais novos que andam em um corredor específico e assim demoram menos em um trajeto. No nosso roteiro você vai utilizá-lo para ir da Zona 10 até a Zona 1. Como ir de Antigua até a Capital (Zona hoteleira ou Aeroporto)? Chegando no país fiz o que a maioria dos turistas fazem... fui direto para Antigua. Você já deve ter lido os roteiros de Antigua e região e agora vou te mostrar como ir de Antigua até a Zona hoteleira da capital ou para o Aeroporto. A melhor maneira é contratar um transfer no seu hotel. Existem duas opções: um privado ou um frequente. O privado vai exclusivamente pegar você no hotel e te levar ao ponto de interesse na Guatemala City ao preço de U$ 40 dólares. O outro Transfer funciona diariamente às 12 hs, 15 hs ou 19 hs. Mas ele vai passar em vários hotéis, pegando diversas pessoas. Quase todo mundo vai para o aeroporto, então lá é o ponto final. Claro, como o aeroporto e a zona hoteleira tem distância insignificativa (+/- 10 minutos com trânsito), eles vão deixar você no hotel antes de retornar à Antigua. De Antigua até o aeroporto varia em torno de 1 hora. Claro que nos horários de trânsito pode demorar alguns minutos a mais. Vale ressaltar que o transfer também é coordenado pela empresa "Monja Blanca". como relatei a maior empresa turística da região. Sendo possível reservá-lo antecipadamente ou pelo seu hotel. Email: [email protected] ROTEIRO DE 01 DIA NA CAPITAL (PARTE 01) Começamos nosso roteiro idealizando que você vai estar hospedado na área hoteleira da zona 10. A Avenida de La Reforma é uma das maiores da cidade funcionando como um corredor norte-sul. A zona 10 ficaria na zona Sul e a Zona 01 na zona norte. A maneira mais fácil, mas não tão barata, é pegar um táxi até a Catedral. Mas nossa idéia é sentir um pouco a cidade então não custa nada pegar um transporte público. A primeira coisa que precisa fazer é caminhar até a estação do "Transmetro" mais próxima. No nosso caso, foi a estação "praça Espanha" que fica na praça de mesmo nome. Caminhando alguns quarteirões chegamos ao ponto de ônibus. A maioria dos hotéis ficam a direita da Avenida de La Reforma e, as estações, em uma rua à esquerda. Apesar de ser um corredor de ônibus e, analisando o mapa, uma linha reta entre a Praça Espanha e a Praça central, não tem uma linha direta, você terá que fazer uma baldeação. Transmetro: Existem três linhas principais do Transmetro. Vou deixar o mapa em foto anexa e o site para maiores informações. Custo: Q$ 1,00 Site: www.transmetro.muniguate.com/index.php/e Mas vou descrever como você deve se proceder da Estação Praça Espanha (linha verde - B) até a Praça Central da cidade. Este trajeto vai levar aproximadamente 40 minutos. Pega-se o ônibus na estação "Praça Espanha" e você vai descer na sétima estação, chamada "Tipografia". Você desce numa espécie de ponto de ônibus coberto e fechado e não sai deste local. Apenas procura a fila do ônibus da linha roxa (linha C). Não tem muita informação nas estações e muito menos o mapa. Então sugiro imprimir e levá-lo. Ao pegar o outro ônibus, são mais três estações. Você vai descer na estação "Parque centenário". 1) Praça central: A estação "Parque Centenário" fica na praça central. Aqui você desce e já está no coração da cidade. Como qualquer região central de uma capital vamos encontrar pessoas de todas as classes sociais e este é um local de alto risco de pequenos furtos. Então tome cuidado com os pertences. Mas, sinceramente, como relatei no post "Dicas gerais", se você estiver na Praça da Sé em São Paulo vai ter muito mais medo. Não vi mendigos e pouquíssimas crianças rondando as pessoas. Se tomar os devidos cuidados você não vai ter qualquer problema. Passei mais de 1 hora rondando pelo centro, inclusive tirando fotos e não tive qualquer intercorrência. Nossos pontos de interesse são todos próximos. A Catedral e o Palácio del Ayuntamiento (Prefeitura) ficam na praça. O Mercado Central fica no quarteirão atrás da Catedral, não tem como errar. 2) Catedral: A Catedral de São José foi inaugurada em 1680. A entrada é franca e vale alguns minutos em seu interior. Na saída lateral direita da Catedral, tem um museu de arte sacra, mas não o visitei. Se for de interesse de vocês, fica a dica. Um achado interessante são as doze colunas que seguram as grades bem em frente a catedral. São feitas de um mármore branco e você vai descobrir que nessas pedras estão vários nomes. São vítimas da violência política entre 1978 a 1983. 3) Prefeitura (Palácio de Ayuntamiento): A prefeitura fica no lado esquerdo da praça (no caso se você estiver olhando para a Catedral). Um belíssimo prédio com a bandeira da Guatemala em sua parte superior. Em relação as visitas, funcionam de 9 às 17:30, de Segunda às sextas. Contudo, estão totalmente vinculado a disponibilidade do local. Se existir qualquer reunião do chefe de estado, as visitas daquele dia estão canceladas. Foi exatamente o que aconteceu no dia que estava na Cidade da Guatemala. Não consegui fazer a visita guiada. A orientação que me foi dada pelos guardas do local é entrar em contato antecipadamente pelo email abaixo e ver a disponibilidade. Ressalta-se que é proibido a entrada de alimentos e mochilas. Obrigatório documento de identificação. EMAIL: [email protected] (tel.: 2230-0766) Custo: Q$ 40,00 (Quetzal). 4) Mercado Central: Como relatei fica no quarteirão logo atrás da Catedral. Ocupa o quadrado inteiro e tem três entradas principais. Várias lojinhas vendendo diversos artigos, souvenirs e artesanato, além de frutas e verduras. Mas deixo a dica. Vários itens são exatamente igual aos vendidos na cidade de Antigua. Contudo, neste local, é bem mais caro. A impressão que ficou é que os produtos vem do interior, para serem vendidos na capital. Assim, se quiser comprar lembranças e, você for visitar as duas cidades, sugiro não deixar as compras para a capital. PAUSA PARA REFLEXÃO: A primeira parte do roteiro acaba aqui. Optei para passar o resto da tarde em dois museus que ficam próxima a zona hoteleira, dentro de Universidade Maroquin (Museu Popol Vuh e Museu Ixchel). Para mim valeu muito a pena. No "museu Popol Vuh" descobri que existe um sítio arqueológico praticamente dentro da cidade e bem importante para os maias. Sinceramente fiquei muito triste de não tê-lo conhecido. Se soubesse disso, não teria ido ao centro. Meu roteiro seria: sitio arqueológico de Kaminaljuyu de manhã e a tarde nos museus (Popol Vuh e Ixchel). Deixo a dica e faça suas escolhas. O ideal seria 1 dia e meio na cidade. Da Praça central até o sitio arqueológico você pode pegar um táxi (7 km de distância - aproximadamente 35 minutos). ROTEIRO DE 01 DIA NA CAPITAL (PARTE 02) Assim fomos para a Universidade Maroquin. Maneira mais fácil foi pegar um táxi. Não tem taxímetro, valor é negociável. Paguei Q$ 40 Quetzal numa distância de 4,5 km, aproximadamente 25 minutos. O táxi vai te deixar na portaria de duas universidades. Na Maroquin, estão os dois museus. Na Universidade Galileo, basta caminhar poucos metros tem um Burguer King, caso interesse almoçar antes de entrar nas atrações. Custo para cada museu: Q$ 35 Quetzal. Custo do pacote para entrar nos dois museus: Q$ 50 Quetzal Custo para tirar fotos no Museu Popol Vuh: Q$ 15 Quetzal. Horários: 9 às 17 hs (Segundas - Sextas) 9 às 13 hs (Sábado) Aos domingos, os museus não funcionam. 1) Museu Popol Vuh: Este é o ponto mais importante da nossa visita a Guatemala City. O Museu é bem rico em peças maias. Ficamos 1 hora e 15 minutos percorrendo as galerias. As mesmas estão divididas pelos períodos da população maia desde o pré-clássico (1500 A.C.) até o pós-clássico tardio (+/- 1500 D.C.). Alguns itens são importantíssimos para a compreensão das tradições maias e preparando seu conhecimento para visitar sítios arqueológicos como Tikal ou outros sítios maias de Belize ou México. Existem três "Códices" Maias. São livros escritos pelas civilizações pré-colombianas utilizando material de troncos das árvores. Eles não desgrudavam as folhas, os livros pareciam uma "sanfona". Conhecidos como "livros desdobráveis" foram utilizados para decifrar a língua, escrita, numeração ou calendário daquela população. O material utilizado, comparativamente ao famoso "papiro" egípcio, era bem mais resistente. Contudo a maioria dos livros maias foram destruídas pelos espanhóis e só existem três originais atualmente. Nenhum está na América, irônico se não fosse trágico! O primeiro está na biblioteca estadual de Dresden (Alemanha), o segundo, na biblioteca nacional de Paris e, o terceiro, no Museu da América em Madrid (Espanha). Cada um leva o nome da cidade onde está atualmente. Voltando a falar do Museu que estamos visitando, você via encontrar diversas peças maias referente a todos os períodos citados. Existe uma galeria só de urnas funerárias, bem interessante. Outra galeria imperdível é a que tenta explicar um pouco mais sobre o tão famoso calendário maia. Nem vou me atrever a comentar, é bem difícil, mas melhor aprender um pouco, do que não saber nada. Por exemplo: que cada dia para os maias era único e nunca seria repetido. O calendário começa em 3114 A.C. e toda data é contabilizada do início até ela. Recordando, um ciclo inteiro acabaria em 2012. Você deve lembrar que alguns achavam que o mundo ia acabar! Pois é, não acabou... finalizou apenas um ciclo de "13 Bak´tun". Ficou curioso né, que tal saber um pouco mais, basta visitar o museu. 2) Museu Ixchel del Traje Indígena A segunda visita cultural é o museu Ixchel que fica exatamente ao lado do Popol Vuh. A primeira etapa do museu é uma sala de projeção com 3 videos diferentes com duração de 15 minutos. Cada um com sua peculiaridade, mas todos voltados às roupas típicas. Optei por assistir apenas 1 deles, o mais geral, que explicava todos os passos de como as roupas eram fabricadas desde a coleta da material prima, as tinturas e como tecê-las. Após sair da sala de projeção você entra nas galarias do museu, não é muito grande. Agora você vai ver algumas peças, ilustrando o que assistiu no vídeo. A última parte é a mais interessante onde você vai ver um mapa da Guatemala e uma ilustração das roupas usadas pelos povoados maias até os dias atuais. São todas diferentes entre si. As cores, os detalhes bordados perto das golas ou as formas geométricas das linhas identificam cada povo. Ao todo fiquei 45 minutos no museu, mas se fosse assistir os três filmes precisaria de mais 30 minutos, totalizando também 1h 15 min para este museu. Curiosidades: 1) Relief Map Este ponto turístico da cidade fica ao norte da zona 1 (centro). São 2,3 km da Praça Central. Melhor maneira é ir de táxi, mas não fui por não ter tempo hábil. Trata-se de um mapa em alto relevo de toda Guatemala feito há mais de 100 anos. Parece ser bem interessante sendo possível ter idéia do quanto o terreno do país é acidentado por montanhas e vulcões. No final do meu roteiro, achei realmente que daria para ter ido até o Relief Map e depois para os dois museus. Acabei o meu dia às 16 horas, assim poderia ter ido a este ponto e atrasado 1 hora a chegada aos museus, tendo ainda tempo adequado. Mas lembre-se, não entrei na prefeitura (como já relatei). Se tivesse feito a visita guiada o tempo teria dado exato até o encerramento das atividades do museu (17 hs). Deixo a dica, e sinceramente quando retornar a esta cidade estará no meu roteiro. Volto a ressaltar que se tiver 1 dia e meio disponível é possível ir até o Parque arqueológico de Kaminaljuyu e o Relief Map. 2) Restaurante Guatemalteco típico A comida Guatemalteca é muito rica e comer um simples "Peppian" não resolve a curiosidade de muitas pessoas que gostam da culinária diferente de cada país. Deixo a dica de um restaurante chamado KACAO que fica na região hoteleira (Zona 10). Do hotel que eu estava hospedado, não dava 300 metros. Dezenas de pratos típicos recheiam o cardápio, basta escolher e se deliciar. A maioria deles é uma sopa com o ingrediente principal variado (carne de porco, frango, bife, etc) e uma iguaria de milho enrolada em folha de bananeira para acompanhar. Site: www.kacao.com.gt Endereço: 2a. Avenida 13-44. zona 10 Horários: 12 às 16 hs e 18 hs às 23 hs (diariamente) 11 às 22 hs (domingos) 3) Acueduto de Pinula O Aqueduto de Pínula , construído no século XVIII, foi o responsável por ministrar água a Cidade da Guatemala de 1776 a 1938. Também é conhecido como "Os Arcos". Estou citando-os porque se você estiver na zona 10 ou chegar na Cidade da Guatemala no aeroporto internacional, vai pegar uma avenida que vai passar embaixo dos Arcos e lateralmente aos mesmos. Me chamou atenção pois realmente não sabia da existência dessas estruturas. Fica a dica, pois talvez você consiga uma foto melhor do que a minha, que fui realmente pego de surpresa com aquelas belas estruturas. |
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