ALTÚN HA (Belize)
Viagem em Abril e Post publicado em Junho de 2016. A partir de Belize City pela "Northern Highway" é possível conhecer dois sítios arqueológicos no mesmo dia: Lamanai e Altún Ha. A cidade maia de Altún Ha fica aproximadamente 50 km de Belize City, sendo que após 27,5 km percorrendo a rodovia, você verá uma placa sinalizando que deve-se pegar outra estrada. Essa também tem um asfalto de boas condições e você vai percorrer mais uns 22,5 km até a entrada da atração. Existem milhares de opções na internet para adquirir um TOUR somente para Altún Ha. Geralmente eles vendem um tour que engloba Belize City e Altún Ha juntos, variando em torno de U$ 45 dólares por 4 horas. Existem TOURs privados somente para o casal, com o guia, variando em torno de U$ 80 dólares. Os cruzeiros geralmente exploram os turistas e eles pagam aproximadamente U$ 70 dólares para fazer o mesmo TOUR. Eu fiz um pouco diferente por não ter tempo disponível, fechei um Transfer para Playa Del Carmen (México) com parada de 1 hora em Altún Ha. Caso alguém tenha interesse, favor mandar o pedido por email que transmito o contato da empresa. Site: http://www.nichbelize.org/ia-maya-sites/altun-ha.html Custo (ticket Altún Ha): U$ 5,00 dólares (BE$ 10,00 Belizian dólares). (geralmente o ticket e o guia estão inclusos nos TOURS) Horários: 8 às 17 horas, diariamente. Uma breve visita a Altún Ha: O parque arqueológico é bem pequeno, resumindo-se em duas praças e um museu. Assim em uma hora é mais do que suficiente para você conhecer tudo. Ao contrário de outras cidades maias, aqui praticamente não tem árvores nas praças e as estruturas visitáveis estão embaixo do sol quente. Sugiro realmente levar água, chapéu, protetor solar e roupas confortáveis. Esta cidade maia atingiu seu pico por volta de 500 d.c. com uma população em torno de 10.000 pessoas e umas 250 estruturas entre templos e moradias. Acredita-se que foi iniciada em 200 a.c. e sofreu seu declínio em 900 d.c.. Seu nome significaria "Rockstone Pond" (Lagoa Rock Stone). Altún Ha foi um grande centro religioso. Mas sua localização o transformou numa área de comércio importante, servindo de ponto de escambo entre as cidades de Belize e Guatemala com os povoados mexicanos. Foi escavado somente as estruturas das duas praças principais: A e B. O maior prédio está na praça B e é o templo do "Deus Sol" (B4). 1) Templo do Deus Sol (B4): Atingindo 16 metros de altura acima do nível da praça B, o templo do Deus Sol foi o mais importante daquele complexo. Também chamado "templo dos altares de alvenaria" reforça a hipótese que Altún Ha foi um grande centro religioso daquela época. O turista pode subir facilmente no topo do prédio e ter uma visão privilegiada das duas praças. A chamada "B" está logo a frente e a praça "A" adjacente a porção direita. As duas juntas formavam a letra "L". Assim, no topo de todas as estruturas que é possível subir no complexo, você terá a vista das duas praças que eram reservadas para a multidão de pessoas. Os detalhes deste templo chamam atenção. Tem formato piramidal mas a parte inferior tem duas escadarias e nove portas, representando os nove degraus do submundo da religião maia. Mais para cima, ainda é possível ver outra escadaria, agora central e ainda três níveis da pirâmide. Nas porções laterais das escadarias, existem algumas imagens simbolizando o Deus Sol. Ressalto que o acesso do turista é por uma escadaria lateral. Embaixo da escadaria principal, foi achado o maior tesouro maia de Belize que é a "cabeça de jade". Vou explicar melhor na parte do museu onde tem uma réplica deste amuleto. CURIOSIDADE: Se você bebeu uma cerveja "Belikin" durante sua passagem pelo país deve ter reparado no símbolo dela que é a representação deste templo. 2) Praça B: As outras estruturas da Praça B são bem pequenas com algumas escadarias e a importância delas ainda não foram totalmente definida. Estando no topo do templo B4 você pode analisar toda a área. Do lado esquerdo estão três prédios na sequência: B6, B5 e B3. Acredita-se que o primeiro seria um templo menor e, os outros dois, edifícios residenciais. Em frente a você, na porção oposta da praça, é possível ver a estrutura B2 significantemente destruída, que também ainda está em estudo. A principal hipótese é que foi um palácio. A única árvore no centro da praça chama atenção pela beleza. Atrás dela está um templo parcialmente escavado que faz parte da Praça A (A3). Você vai avaliá-lo quando estiver na outra praça. Do lado direito fechando o quadrado, estão duas estruturas baixas com escadas dos dois lados que são as estruturas A4 e B1. Como deu p notar as praças são adjacentes e as algumas estruturas fazem parte de ambas (A3 e A4). Nota-se que aqui não existem Stelas, esculturas muito comum na maioria dos sítios Maias (como Tikal, Lamanai, etc). Não sabe-se o real motivo deste fato. 3) Praça A: Esta área quadrangular fica adjacente a praça B e é um pouco menor. Entrando nesta praça após percorrer a outra, você vai acessá-la entre a estrutura A4 e A3. O ideal é subir na estrutura A3 para ter uma visão geral. Este prédio é interessante por ter uma grande escadaria e dois patamares até um altar único no topo. Acredita-se que servia como lugar reservado ao rei. No topo você verá toda a praça A que vou descrever no próximo parágrafo e ainda é possível ter outra visão da praça B pois a estrutura está no limite entre elas. De cima da A3 você observa toda a praça A. Começando pela parte esquerda, encontra-se a estrutura A2 (ainda não conhecido sua função) e logo depois o templo A1. Este é a mais importante, conhecido por "Tumba verde". Bem em frente a você, do lado oposto da praça, está a estrutura A6 que parece ser a maior de Altún Ha, mas ainda não foi escavada. Apesar disso, é possível subir no topo dela por uma pequena escadaria lateral. Na lateral direita, encontra-se mais duas estruturas também não escavadas: A7 e A5. Por último finalizando o quadrado, bem ao lado da estrutura que você está, encotra-se a A4. Esta já foi descrita, não sabe-se sua função e limita também as duas praças. 4) Templo da Tumba Verde: Este templo é o mais bonito e imponente da praça A, apresentando andares escalonados e uma escadaria central. Ele tem valor histórico porque em seu interior foi achado uma única tumba com mais de 300 peças de jades (daí o título que lhe foi dado = tumba verde). Este local foi datado de 550 d.c. e ainda tinha objetos como conchas, peles de jaguares, vasos de cerâmicas, colares e um livro maia. 5) Museu: O Museu fica no acesso principal as duas praças e você pode conhecê-lo antes ou depois de percorrer o complexo. Sinceramente é bem pequeno, mas contém muitas informações importantes. A história do escambo entre os povos maias é um dos pontos altos do museu. Aqui está exposto um mapa das cidades maias com o principal objeto de troca de cada uma delas e as rotas de comércio entre elas. As moedas de trocas eram: jade, obsidianas, sementes de cacau, pele de jaguar, instrumentos de pedras usados como armas ou utensílios domésticos, plumas de aves, etc. O êxtase de sua visita é conhecer um pouco sobre o "Deus Sol" (Kinich Ahau) e a pedra de jade em sua homenagem. Debaixo da grande escadaria do Templo B4 foi encontrada uma tumba coberta com pigmento vermelho que continha um esqueleto e vários objetos em oferenda. Cerâmicas, colares, peles de jaguar e puma estavam ao lado do corpo. Contudo a oferenda mais importante era uma pedra bruta de Jade de 6 polegadas de diâmetro e pesando 10 libras e a face do deus esculpida nela. Assim ficou conhecida como a "Cabeça de Jade" e é considerado o maior tesouro belizenho maia. Aqui no museu você conhecerá uma réplica, pois a original encontra-se no cofre do Banco Central e tem o valor variando de 5 a 10 milhões de dólares americanos. + Roteiro Lamanai + Roteiro Belize City + Roteiro de Belize |