10/11/2018 0 Comments DICAS PARA VIAJAR DE AVIÃO COM SEU PETA entrevista abaixo foi dada por nossa equipe ao site www.eanimals.com.br. Dicas super valiosas que resumem como fazer uma boa programação para você viajar com seu pet na cabine de um vôo nacional. Achamos prudente publicá-la aqui também para que nossos seguidores aproveitem as próximas férias com seu pet! ENTREVISTA:
Para falar sobre a experiência de como é viajar com o animal de estimação, entrevistamos o casal de médicos e blogueiros Rafael de Oliveira Cavalcante e Ellen Chinen do blog ‘Mila Pelo Mundo’ – nome da pet do casal. Eles adoram viajar pelo Brasil e o mundo e o hobby se tornou um blog para ajudar outras pessoas com roteiros fáceis e práticos. O nome da Mila foi dado ao blog pois eles sempre tentam levá-la nos roteiros nacionais. Algumas viagens são feitas por via terrestre e outras voando pelo Brasil. Mas a cachorra já os acompanhava, na cabine dos aviões, mesmo antes do blog ter sido criado em 2015. Ela já enfrentou 16 trechos em voos nacionais. Confira, abaixo, a entrevista. 1. O que é preciso saber antes de viajar com seu pet? R: Acho que antes de viajar com seu pet você deve avaliar como será estar com ele no destino. Lembre-se que no Brasil ainda existem muitos hotéis e estabelecimentos que não aceitam cachorro ou gato. Então programe-se antecipadamente. Seja maleável em sua programação, o restaurante A pode ser o melhor da cidade, mas se não aceita seu pet, que tal tentar ir no B?! Para viajar com uma criança é necessário, providenciar comida específica, fraldas etc. Para o seu pet, não é tão diferente assim. Leve a comida que ele está acostumado, imagina seu amigo ter uma diarreia ou vômitos no voo ou no seu destino. É obrigatório forrar a caixa de transporte (kennel) com jornal para evitar vazar urina ou fezes que o animal pode fazer durante o voo. E uma boa opção é utilizar uma fralda para cachorro que pode ser achada nos pet shops. A água é o elemento essencial, sempre ande com a garrafa de água dele e insista na boa hidratação. Isso vale antes, durante e após o voo. Na verdade, isso vale também para o destino. Imagina você que mora num lugar frio e vai levar seu “peludo” para uma praia, não deixe faltar água. Viajar com seu pet é muito legal e uma experiência inesquecível. Apesar de não ser tão barato. Para alguns destinos do Brasil, você vai pagar mais pelo pet do que sua própria passagem. As empresas aéreas descobriram que isso é uma “mina de ouro”, mas, ao mesmo tempo, começaram a respeitar seu animal como um “passageiro”. 2. O que é necessário fazer para voar com seu animal de estimação? R: Em qualquer empresa aérea brasileira só é permitido o transporte na cabine de cães e gatos. Para você fazer qualquer voo com seu pet, é necessário um atestado do veterinário de até 10 dias antes da viagem. Ele só vai liberar o seu animal se as condições de saúde estiverem boas, diminuindo, consideravelmente, que o mesmo tenha um problema de saúde durante a viagem. O maior problema que pode acontecer é a desidratação. Então ofereça líquidos para seu animal em voos mais longos. Sedação é proibida para algumas empresas como a Tam e não recomendada por outras como a Gol e Avianca. O maior motivo que a sedação é desaconselhada é justamente porque o animal vai beber menos água e aumentar o risco de desidratação. Imagino que são pouquíssimas pessoas que levam um pet para passear em outro país e retornam para o Brasil. Esses voos são mais longos e, consequentemente, sugiro discutir com seu veterinário se o seu cachorro ou gato consegue passar tanto tempo dentro da caixa de transporte sem prejudicá-lo por causa do stress. Vai depender da saúde e personalidade de cada animal. Essa avaliação também deve ser feita para os voos domésticos, mas como tem um tempo bem menor de deslocamento, a maioria dos animais vai conseguir fazê-lo sem problemas. O trecho que nossa pet mais realizou foi entre São Paulo-Fortaleza com 3 horas e meia de duração, sem contar os atrasos, e ela sempre dormiu o voo inteiro. Inclusive, idade não é um problema, pois ela tem 13 anos atualmente e fez esse trecho em maio deste ano (2018). 3. Quais os cuidados que devem ser tomados com o cachorro antes da viagem? R: Programação é importantíssima para todo mundo que vai viajar com seu pet. A primeira coisa a ser providenciada é a passagem. No caso do animal, uma reserva. Contudo, existe um limite de animais por cabine que varia de 3 a 4 nas maiores empresas do Brasil. Então a reserva deve ser feita na central da empresa aérea, por telefone, logo depois que você comprar sua passagem. Lembrando que só é permitido um animal por passageiro e uma idade mínima que varia de 4 a 8 meses para evitar a desidratação dos filhotes. Segundo ponto importante é o peso do animal e o kennel. As empresas modificam anualmente as orientações básicas de medidas do Kennel e peso do animal que pode ser transportado. Sugiro sempre acessar o site da empresa que você vai utilizar e ler as informações mais recentes. Atualmente, a Gol e Avianca aceitam um peso de 10 kg para o animal + Kennel. Para a Tam, são 7 kg e para a Azul, somente 5 kg. O Kennel também deve ter medidas máximas de altura, comprimento e largura que também variam entre as empresas. Mas como custa caro, aconselho comprar algum que seja aceito por todas elas. Por exemplo, as medidas da Avianca atualmente: 40 cm de comprimento, 26 cm de largura e 25 cm de altura. A TAM já pede um máximo de 36 cm de comprimento, então compre um kennel com os menores diâmetros aceitos pois você pode escolher a empresa que vai voar no futuro. A caixa de transporte deve ter uma ventilação adequada e uma trava para impedir que o cachorro saia durante o voo. O animal tem que ter espaço para ficar em pé e dar uma volta sobre si dentro do recipiente. Essas orientações são básicas e vale uma observação atenta. Como um cachorro de 8 kg vai dar uma volta neste kennel? Apesar das empresas aceitarem até um peso de 10kg, é praticamente inviável na prática e as condições não são adequadas para o seu amigo pet. O kennel pode ser fixo ou maleável. Já tivemos os dois e aqui vale dar um depoimento. Viajamos muito com a caixa fixa, até encontrarmos uma equipe de comissários que nos obrigaram a colocar a caixa embaixo do assento da frente. Isso foi impossível, as medidas que eles informaram não permitiam que o kennel entrasse embaixo do assento. O kennel vai nos pés do passageiro e essa equipe estava bem mal informada. Poderia ter sido um grande problema, só voamos pois tinha uma poltrona vazia ao nosso lado. Mas depois desta intercorrência, optamos pelo kennel flexível, para caso ocorra uma situação parecida novamente. Mas essa história foi um fato isolado. A grande maioria dos comissários adoram os animais, tratam os mesmos como se fossem realmente um passageiro e não uma bagagem. As empresas brilham os olhos para esse novo tipo de “turismo” pois a passagem não é barata. No Brasil, atualmente, o preço varia de 200 a 250 reais por trecho. Última informação importante da preparação é a vacinação antirrábica. Todos os animais só podem voar com a carteira de vacinação atualizada com os dados dessa vacina (nome do laboratório, tipo da vacina e número da ampola). As vacinas de campanha de rua, não são aceitas pelas empresas aéreas, pois não tem todos os dados que citei na carteira de vacinação. A vacina tem que ser aplicada mais de 30 dias antes do voo e em até 1 ano. Não esqueça de avaliar a volta do seu pet, a vacina deve estar válida para o voo do retorno. 4. É seguro o cachorro viajar no compartimento de carga do avião? R: Nossa pet pesa 3,5 kg com o container, então sempre vai com a gente na cabine. Não temos experiência sobre enviar um cachorro no compartimento de carga. Mas tenho algumas informações importantes. Primeiro, analise a real necessidade de levar seu “amigo” numa viagem como essa. O compartimento de carga sofre muita variação de temperatura e seu animal vai ser considerado uma “bagagem”. A Avianca e a Azul não transportam animais assim, a Tam e a Gol seguem normas rígidas, mas fatalidades acontecem. Lembra que a desidratação é o maior risco do animal, então é totalmente proibido sedá-lo. Também existem muitas raças, consideradas de focinho curto que podem ter dificuldades de respiração e não são transportadas no compartimento. No site das empresas, tem uma lista completa com todas essas raças. A Tam, em voos nacionais, leva no compartimento até 45 kg (animal + container) e na Gol o máximo é de 30 kg. 5. São necessários serem feitos exames no animal que comprovem que ele pode viajar de avião? R: Geralmente um cachorro ou gato sadio não vai fazer nenhum exame específico para viajar. Isso será avaliado pelo veterinário para que o mesmo emita o atestado que é obrigatório em todos os voos. Caso o pet apresente algum sintoma, certamente ele pode pedir algum exame adicional para decidir se o animal tem condições de enfrentar o trecho aéreo. Ressalto que animais prenhas não podem embarcar. Algumas empresas também não aceitam animais no cio. Existe idade mínima de 4 a 8 meses, mas não existe uma idade máxima. Estando em boas condições de saúde seu pet vai voar com você.
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